segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Desumano


Sempre dizem que isso ou aquilo é "desumano", como se desumanizar-se fosse ruim. Não, eu não estou praticando humanidade nesse exato momento. Estou até um pouco envergonhado de ser humano. Estou me desumanizando enquanto escolho uma alternativa à humanidade.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Alguns pensamentos...

Gostaria de pensar que há uma recompensa, no final de tudo, para as pessoas boas. Gostaria de acreditar que o bem é a recompensa dos bons e que há louros na chegada, mas a chegada da vida é a morte.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"... e um silêncio servindo de amém"


No lugar da minha boca, o infinito mudo
No lugar de um grito, um silêncio indelicado com o futuro

Escondo meus fracassos atrás dos da humanidade inteira
Em algum lugar do passado, um corsair pega fogo no céu
Mas em mim, nada de guerreiro, nada de elegante
Nenhuma morte se espalha ao meu redor, heroína a me assaltar
Mas uma morte que vem de dentro, indolor
Caminhando em mim, muda

E no lugar da boca, um infinito mudo
Como se fossem olhos.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Sem rosto


Amanda cresceu sem rosto, mas não cresceu muito. Claro que ela tinha boca para comer, e também tinha um nariz, com narinas e tudo o mais, só não tinha rosto.

terça-feira, 2 de abril de 2013

terça-feira, 19 de março de 2013

Algum poema da gaveta...



A vida devia estar na cidade
Debaixo de cada teto
Dentro de cada casa
Sob qualquer pele
Circulando num fluxo sanguíneo
Menos como uma clepsidra
Mais como uma ampulheta
Levando cabelos brancos
Aos homens.

A dança...

A vida sai do corpo
Como a clepsidra se esvazia.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Português sentimental

Acho que aprendi um Português sentimental que não me adapta a todas as situações. Deve ser culpa dessa alfabetização por conta própria de poesia e música. Quero uma nova Língua Portuguesa que me descreva melhor.

Pela beleza do que aconteceu...


Por que essa caminhada?
Por que não estou completamente adaptado a ela, ainda?
Por que ainda persisto nela?

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Reconstruir

 
 
Reconstruir, mas da tentação de renascer
Procurar moribundos pelos jornais, dar retoques...
Sombras?! Ah! mas são tantas!
Já é outra manhã.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Alados


Enquanto isso, o vento...


Enquanto o vento passava por mim (ao meu redor)
E seguia pela superfície da lagoa
Uma outra brisa passava por dentro de mim: a vida
Essa, bem mais supérflua que a que beijava a água
Ajoelhei, toquei a água, a superfície tremeu perturbada
De onde vem a vida?
Para que serve?

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O poço mágico








O poço, até aqui, é mágico
E ninguém sabe ainda para que serve
O poço é mágico, só não tem sentido algum.